domingo, 20 de setembro de 2009

Eleições 2009

Ora, um blog de humor político corrosivo como este não deveria ficar de lado de um ano tão rico em palhaçada eleitoral como está a ser este 2009. Sim, estivemos muito tempo parados. Sim, perdemos a oportunidade de ouro que foram as pérolas do nosso querido Manuel Pinho, perdemos a oportunidade de falar do Obama e de montar uma rede ilegal de apostas para ver quanto tempo aguentava vivo (está a safar-se bem para as minhas previsões...). Mas adiante, há tanto para manifestar que até se entope tudo na cabeça e não dá para manifestar tudo.
1º Ponto: Europeias
Foram muito nhé... Paradas. De tal modo paradas que o PSD ganhou, o que é giro no ponto de vista em que o Socas perdeu, mas é chatinho no ponto em que, bom, é o PSD.
2º Ponto: Legislativas
Esta campanha está a ser um mimo. A coitadinha da democracia anda de mão em mão, ora é estrangulada pelo Sexy-Sócrates (SS, hihihi, trocadilho maldoso), ou pela Manela. Ora cancelamos telejornais apresentados pela versão transsexual do vocalista dos aerosmith, ora na madeira é que há democracia a sério porque só um gajo é que manda e querem mandar embora os comunistas, ora vamos calar os professores e demais funcionários públicos que reclamem (sem sucesso), ora o que fazia bem era uns mesitos de ditadura fascista, maravilha! E quem já não tinha saudades do Paulo Portas? Evidentemente que o humor corrosivo do Ribeiro e Castro era priceless, mas quem não tinha saudades daquele sorriso flurescente a distribuir lambidelas por peixeiras com buço? Que imagem ternurenta. Mais ternurento só mesmo ter de passar todos os dias na minha rotina diária por um cartaz da Manuela Ferreira Leite. Exposição pública de cadáveres não é agradável, é que retrai mesmo os mais afincados necrófilos, é desagradável.
Mas no entretanto assiste-se a uma coisa gira, os diz-que-coliga, diz-que-não-coliga. É fascinante ver como os poderosos (e sedentos de poder) se abrem muito mais e estão sempre à procura de arranjinhos, que admito: devem ser difíceis de resistir com o Eng. Sócrates, o home mais sexy de Portugal, e acredito piamente (como quem deposita esperanças num bidé) que depois dos resultados ele e a manelita se vão enamorar, o que era brilhante, era sinal que daqui a 4 anos a malta ia ficar a não gostar dos dois. Esta noção de centrão sempre me fez lembrar a noção de centralão: Um gajo grande, cabeçudo e um bocado bronco, assim tipo Luisão. (Falei de futebol nas minhas comparações, macho!) Mas ainda não falei duma coisa que está intimamente ligada aqui ao Pickles com Presunto, as PME's. Ora, estou-me agora a questionar: Nós seremos uma PME? É que temos publicidade aqui, logo estamos no mundo empresarial. Era lindo sermos uma PME honestamente. Ficava com o ego nos píncaros, ter tanta malta gira a falar de nós na televisão. Mas isto começa a ser obsessão, nem só de PME's vive o homem. Também há os funcionários do estado e as grandes empresas (ou corporações como está na moda dizer, é como os bombeiros...). Parecendo que não essa gente também representa muito emprego, e também precisa de apoio, digamos que o governo e os porcos capitalistas não entram propriamente na minha noção de Super-patrão.
À parte de tudo isto há ainda as mini-novelas fofinhas. Como a das escutas, aquele casal tão amoroso que já foi o Cavaco e Sócrates começou a azedar, é uma pena. Mas ao contrário dos casais normais em que os problemas vêm da falta de comunicação, aqui, o problema é que o Sr. Eng. Sexy anda a escutar demasiado o Presidente. Ou então é o Senhor Presidente que está a ficar paranóico e cego pelos ciúmes, quem o manda enamorar o homem mais sexy de Portugal afinal? (Desculpem mas eu não me canso de dizer isto, de cada vez que digo rio-me parvamente.) Que fofinho. E o TVG? Perdão, TGV. Outra coisa gira... "Ah, metade do orçamento vai para o TGV, se calhar era melhor reconsiderar e deixar em stand by...", "Mas qual é que é o problema com os espanhois? Temos de lhes lamber as botas para estar bem na Europa!" Enfim, a minha interpretação de tudo isto, mas eu devo estar só a alucinar é claro.

E pronto, despeço-me na promessa de que vamos falar das autárquicas brevemente, saudações alimentícias!

1 comentário:

Aline Cedrac disse...

Belo regresso, camarada Pickles!Sem dúvida!Palavras sem preço!