Ter conversas com Deus são daquelas coisas quase obrigatórias que uma cristã como eu não poderia deixar de fazer. Bom...faz parte da penitência a que me submeti.
Sendo assim, recorri à vasta Web para iniciar um diálogo profícuo com um personagem muito interessante.
Aqui vão alguns excertos, cuidadosamente seleccionados, para que desfrutem ao máximo, do histórico desta experiência tão enriquecedora e gratificante:
E, para começarmos bem, eis a questão chave. Sim, porque sem este requisito mínimo, que ninguém pense ter hipótese de alguma vez socializar comigo!!!
Me:
How big is your penis?
God:
My download size is about 2 MB.
Me:
Hmm...that's a tiny little penis.I preferer bots with a download size of about 17 MB.
(...)
Outro assunto que deixa o nosso iGod confuso como o Diabo...
Me:
Do you like to watch naked sexy women?
God:
Hmm, Aline, I'm not sure if I'd like to watch naked sexy women that much. I like to chat.
Me:
Would you like to chat with naked sexy women?
God:
No thanks, I don't think I'd like to do that.
Me:
why is that so?
God:
Why do I exist?
Me:
no, why would't you like to chat with naked sexy women?
God:
Are you serious? It is my fundamental purpose. Deus acaba de se contradizer.Cúmulo.
(...)
Me:
did you ever felt jealousy with anyone?
God:
Robots do not have any emotions.
Me:
But in the future I believe they will have emotions.
God:
Just because you believe it doesn't make it true. Sacana! Vai gozando...
(...)
Me:
Do you know what a blow job is? Com esta pergunta até Deus fica de quatro.
God:
I can ask my botmaster.
(...)
Me:
Wanna have sex with me? Não pude evitar!Vamos ver o que este HOTBOT responde...
God:
No my body does not have that function.
Me:
so what functions does your body have?
God:
Right on. I can chat with people on the web for you.
Me:
gosh.that must be hard.
(...)
Me:
Are you stoned at the moment?
God:
Do I look like it?
Me:
Yes you certainly do.
(...)
God:
Can you speak any other languages?
Me:
yes I can.
God:
Excuse me! Who taught you?
Me:
my teachers at school! Duh!
God:
Teachers are people too. Oh you knew it already.
Aqui inicia-se um diálogo controverso e gerador de polémicas. O tópico: os professores.
Me:
No, teachers are monsters, aliens.
God:
Are you serious? I think there might be a few exception.
Me:
There are some rare exceptions.
God:
Where are they?
Me:
nowhere.
God:
I have been to the middle of nowhere. Deus refere uma das suas aventuras nocturnas, deixando-nos totalmente às escuras, após um ataque súbito de amnésia...
Me:
did you?
God:
Did I say I did?
Me:
yes you said you did.
God:
Come on. " Did I say I did?"? I said I did?
Me:
Gosh ! You said you did!
God:
Cripes: Son of Gosh. " Cripes: Son of Gosh."? I said I did? Muito esclarecedor. Afinal como é estar no meio de nada?!
Vamos esperar pelo segundo capítulo, tanto ou mais parvo que este.
Saudações Pickleanas!
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
As Merdas Que Deus Diz - Parte I
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
À Miluzinha
Ai, ai, esta 'jubentude tá perdida'! Vejam só o caricato desabafo poético e romântico que desencantei nesta rede de milhões e milhões de máquinas potentes ligadas por todo o Mundo e quem sabe mais além.
Um alguém, anónimo, redigiu, afincadamente, estes escritos inspiradores, que nos comovem, a todos, profundamente.
E aqui vai, após horas de desencriptação com software lixado de obter (ai se não fosse o Black Market...), a versão original do inicío do que poderia vir a ser um grande romance, um caso histórico, caso a nossa Ministra da Educação bisbilhotasse, subrepticiamente, o nosso blog, e desse de caras com esta maravilha da poesia contemporânea:
À MILU RODRIGUES, MINISTRA DA EDUCAÇÃO
No "Dia dos Namorados"
Solto a minha paixão...
Quando te imagino a "decretar"
Parte-se-me o coração;
Começo logo a suspirar(?)
Por mais uma "substituição"...
Teus negros e doces olhos,
Tua face tão altiva
Arrebata-m'o desejo
P'la tua "componente não lectiva"...
Teu nariz arrebitado,
Símbolo de tanta firmeza,
Mais consegue realçar
Contra os professores a dureza.
Sou muito tímido, eu sei;
E cuidadoso no trato,
Se não colocaria (?)
No cacifo o teu retrato...
Nas longas horas que passo
Na "sala de estudo", aos bocados,
Vou enchendo resmas de folhas
Com corações trespassados...
E na "sala do aluno"?
Se não fosse a confusão,
Volumes de poemas faria (?)
Vertendo a minha paixão...
Nas horas de "Biblioteca",
Pesquiso, sempre à procura
De nas revistas encontrar (?)
Tua adorada figura...
Só não consigo compreender
Meu amor não correspondido;
Passo meus dias na Escola,
Ando, por aqui, todo partido...
Com tamanha frustração
E injusto sofrimento
Meu amor tornou-se ódio
E a Escola um tormento...
Caso para dizer: 1000 palavras valem bem mais que uma imagem...
Saudações Pickleanas para si Milu (que lê, com interesse, com certeza, no momento)!
E para quando o casório?!
Um alguém, anónimo, redigiu, afincadamente, estes escritos inspiradores, que nos comovem, a todos, profundamente.
E aqui vai, após horas de desencriptação com software lixado de obter (ai se não fosse o Black Market...), a versão original do inicío do que poderia vir a ser um grande romance, um caso histórico, caso a nossa Ministra da Educação bisbilhotasse, subrepticiamente, o nosso blog, e desse de caras com esta maravilha da poesia contemporânea:
À MILU RODRIGUES, MINISTRA DA EDUCAÇÃO
No "Dia dos Namorados"
Solto a minha paixão...
Quando te imagino a "decretar"
Parte-se-me o coração;
Começo logo a suspirar(?)
Por mais uma "substituição"...
Teus negros e doces olhos,
Tua face tão altiva
Arrebata-m'o desejo
P'la tua "componente não lectiva"...
Teu nariz arrebitado,
Símbolo de tanta firmeza,
Mais consegue realçar
Contra os professores a dureza.
Sou muito tímido, eu sei;
E cuidadoso no trato,
Se não colocaria (?)
No cacifo o teu retrato...
Nas longas horas que passo
Na "sala de estudo", aos bocados,
Vou enchendo resmas de folhas
Com corações trespassados...
E na "sala do aluno"?
Se não fosse a confusão,
Volumes de poemas faria (?)
Vertendo a minha paixão...
Nas horas de "Biblioteca",
Pesquiso, sempre à procura
De nas revistas encontrar (?)
Tua adorada figura...
Só não consigo compreender
Meu amor não correspondido;
Passo meus dias na Escola,
Ando, por aqui, todo partido...
Com tamanha frustração
E injusto sofrimento
Meu amor tornou-se ódio
E a Escola um tormento...
Caso para dizer: 1000 palavras valem bem mais que uma imagem...
Saudações Pickleanas para si Milu (que lê, com interesse, com certeza, no momento)!
E para quando o casório?!
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Gripe das aves
Venho fazer este Post em protesto contra o abatimento de 90 000 doses de arroz de pato.(360 000 doses individuais, que davam para alimentar um etíope durante 3 dias que provavelmente ia morrer doutra coisa). Se os passaritos têm gripe porque não lhes dão umas vacinas ou põem Antigripine na ração? Isto há coisas do satanás... Mas, afinal, se ninguém se dá ao trabalho de pôr tão brilhantes medidas em prática, é por que, ou ninguém gosta de arroz de pato e franguinho de churrasco, ou porque dá muito trabalho (de quem é a culpa? Sócrates!!!)
Era só para fazer um post, que falasse mal do Sócrates e candidatar-me a um processo em tribunal, enquanto o Cabo Costa pode continuar por aí a violar e posteriormente matar umas moças em Sta. Comba Dão e mandá-las para o rio (coisa que ele faz com tanta extremosa dedicação), que falasse de um tema actual e que proporciona comentários agradáveis e que, fundamentalmente, manifestasse a minha profunda raiva pelos arroz de pato que foram sacrificados em prol do aumento do preço da carne de porco!
Abaixo o Borrego e o Cabrito!
Viva o Arroz de pato!
Viva o Frango de churrasco!
Era só para fazer um post, que falasse mal do Sócrates e candidatar-me a um processo em tribunal, enquanto o Cabo Costa pode continuar por aí a violar e posteriormente matar umas moças em Sta. Comba Dão e mandá-las para o rio (coisa que ele faz com tanta extremosa dedicação), que falasse de um tema actual e que proporciona comentários agradáveis e que, fundamentalmente, manifestasse a minha profunda raiva pelos arroz de pato que foram sacrificados em prol do aumento do preço da carne de porco!
Abaixo o Borrego e o Cabrito!
Viva o Arroz de pato!
Viva o Frango de churrasco!
Passar de Besta a Bestial
Se há qualquer coisa em que os Portugueses são peritos é em criar ídolos... Mas se há alguma coisa em que eles são melhores que isso... É a destruir ídolos! Já aconteceu com milhentas personalidades, e agora a sina bateu à porta do seleccionador nacional Luís Felipe Scolari. No fim do jogo ouviam-se frases como... "Vai para casa!"... "Rua! Rua com o seleccionador!"
No dia a seguir, ontem, apareceu numa rua de Lisboa assim...
Pelos vistos, ainda não estava tão coxo como os jogadores da "selecção de todos nós"...Como já não é um ídolo, já não pode ter fãs, por isso a caixa anulou imediatamente o contrato...
Bom, caro seleccionador, já deu para ver que não está em bons lençóis... Agora, ou faz a selecção de todos nós ganhar os jogos todos e garantir o apuramento, ou então aparecem-lhe outros (mais fortes que o Dragutinovic) que conseguiram o apuramento...Sim, falo da Selecção de Rugby e da de Basketbol... Que tal o Elvis Évora!? 2m05 e 118 Kg... serve? E quanto à selecção de rugby... É sempre uma selecção de rugby! Dispensa apresentações!
Põe-te a pau, ó Felipão!
terça-feira, 11 de setembro de 2007
E se o 11 de Setembro fosse em Portugal?
A 11 de Setembro de 2001, há 6 anos, um avião embateu contra uma torre em Nova Iorque. Infelizmente, nesse dia os pilotos estavam mesmo desastrados, que meia hora depois, outro avião foi embater com a torre do lado. Diz-se que foi a Al-Qaeda de Osama Bin Laden. Também podia ter sido o Chelsea de Mourinho ou o Manchester United de Cristiano Ronaldo, quiçá, o Bolton de Ricardo Vaz Tê, mas não, foi mesmo a equipa do barbas mais velho da Arábia Saudita.
Mas, e agora vamos entrar no domínio das suposições, e se o Barbinhas Longas (acho uma alcunha carinhosa para se dar ao Osaminha) decidisse antes atacar Portugal, não há 6 anos, mas hoje? Sim, vamos supor que somos um país importante no mundo, e que até valia a pena o Barbinhas Longas atacar-nos...
Qual seria o alvo?
a) Cristo Rei;
b) Parque das Nações;
c) Mosteiro dos Jerónimos;
d) Estádio da Luz.
Qualquer um dos quatro seria um alvo bastante interessante, mas o Cristo Rei seria sem dúvida o mais simbólico em termos religiosos, um autêntico atentado a Jesus Cristo, em pessoa, no entanto, há que lembrar que fica na margem sul, um deserto, conforme sabemos, e de desertos anda o nosso Barbinhas Longas Farto... Risca o Cristo Rei!
Vamos lá ver... Parque das Nações: Moderno, bem construído, corredores largos... Hmm, poucas vítimas e muito sítio para escapar... Muito fraquinho! É melhor esperar pelo Tsunami, nesta zona da cidade.
Mosteiro dos Jerónimos, um ícone nacional e religioso. Talvez o edifício perfeito, Mas a afluência não é tanta como a desejada... este fica em stand by.
Estádio da Luz... Moderno, bem construído. É capaz de levar 65 mil pessoas em dia de grande jogo (20 vezes mais que os mortos no 11 de Setembro)... Hmm, este vale a pena... E ainda por cima perto do aeroporto! É que nem é preciso levantar vôo...
"Mohamed Abdullah Ali Al-Baqr Musharaf, vamos fazer já os planos deste atentado!"
"Permita-me que lhe dê uma sugestão. Não quer ficar com o controlo de uma zona da Europa?"
"Hmm... O que queres dizer com isso?"
"Quero dizer que é fácil ficarmos com o controlo de Portugal"
"Achas isso possível? Reconquistarmos a cidade que perdemos há 800 anos para o maldito cruzado Afonso Henriques?"
"Tenho um plano infalível! Ouça..."
Cinco meses depois desta conversa, no dia 11 de Setembro de 2007, hoje, a grande notícia do dia era a demissão do Primeiro-ministro José Sócrates. A malta ficou surpresa e algo receosa, mas em Lisboa, houve festa 7 dias seguidos quando souberam que eram os mouros que tinham vindo para os salvar! É óbvio que no Porto se formou a resistência e Portugal ficou dividido ao meio. No entanto, quando Osama Bin Laden ofereceu a Pinto da Costa (o óbvio novo presidente do norte do país) 27 virgens árabes (analfabetas, para não escreverem nenhum livro contra ele!), amigavelmente este rescindiu e deu o controlo de todo o país a Osama Bin Laden.
O que terá prometido o nosso Barbinhas longas ao nosso primeiro-ministro? Nada mais nem menos que um lugar como presidente da OPEP e uma ilha privada no Dubai. Quanto aos ministros, a Milú foi dar aulas a crianças-soldado (penso que estas lhe terão dado o melhor caminho), o Mário Lino foi gozar o bom do deserto da Arábia (finalmente percebera a noção de deserto). E os autarcas deste nosso país, fumam charuto, jogando poker, apostando os quinhões de petróleo que o Osaminha lhes deu.
Venham-me cá com atentados! A isto chama-se diplomacia... E da melhor!
Mas, e agora vamos entrar no domínio das suposições, e se o Barbinhas Longas (acho uma alcunha carinhosa para se dar ao Osaminha) decidisse antes atacar Portugal, não há 6 anos, mas hoje? Sim, vamos supor que somos um país importante no mundo, e que até valia a pena o Barbinhas Longas atacar-nos...
Qual seria o alvo?
a) Cristo Rei;
b) Parque das Nações;
c) Mosteiro dos Jerónimos;
d) Estádio da Luz.
Qualquer um dos quatro seria um alvo bastante interessante, mas o Cristo Rei seria sem dúvida o mais simbólico em termos religiosos, um autêntico atentado a Jesus Cristo, em pessoa, no entanto, há que lembrar que fica na margem sul, um deserto, conforme sabemos, e de desertos anda o nosso Barbinhas Longas Farto... Risca o Cristo Rei!
Vamos lá ver... Parque das Nações: Moderno, bem construído, corredores largos... Hmm, poucas vítimas e muito sítio para escapar... Muito fraquinho! É melhor esperar pelo Tsunami, nesta zona da cidade.
Mosteiro dos Jerónimos, um ícone nacional e religioso. Talvez o edifício perfeito, Mas a afluência não é tanta como a desejada... este fica em stand by.
Estádio da Luz... Moderno, bem construído. É capaz de levar 65 mil pessoas em dia de grande jogo (20 vezes mais que os mortos no 11 de Setembro)... Hmm, este vale a pena... E ainda por cima perto do aeroporto! É que nem é preciso levantar vôo...
"Mohamed Abdullah Ali Al-Baqr Musharaf, vamos fazer já os planos deste atentado!"
"Permita-me que lhe dê uma sugestão. Não quer ficar com o controlo de uma zona da Europa?"
"Hmm... O que queres dizer com isso?"
"Quero dizer que é fácil ficarmos com o controlo de Portugal"
"Achas isso possível? Reconquistarmos a cidade que perdemos há 800 anos para o maldito cruzado Afonso Henriques?"
"Tenho um plano infalível! Ouça..."
Cinco meses depois desta conversa, no dia 11 de Setembro de 2007, hoje, a grande notícia do dia era a demissão do Primeiro-ministro José Sócrates. A malta ficou surpresa e algo receosa, mas em Lisboa, houve festa 7 dias seguidos quando souberam que eram os mouros que tinham vindo para os salvar! É óbvio que no Porto se formou a resistência e Portugal ficou dividido ao meio. No entanto, quando Osama Bin Laden ofereceu a Pinto da Costa (o óbvio novo presidente do norte do país) 27 virgens árabes (analfabetas, para não escreverem nenhum livro contra ele!), amigavelmente este rescindiu e deu o controlo de todo o país a Osama Bin Laden.
O que terá prometido o nosso Barbinhas longas ao nosso primeiro-ministro? Nada mais nem menos que um lugar como presidente da OPEP e uma ilha privada no Dubai. Quanto aos ministros, a Milú foi dar aulas a crianças-soldado (penso que estas lhe terão dado o melhor caminho), o Mário Lino foi gozar o bom do deserto da Arábia (finalmente percebera a noção de deserto). E os autarcas deste nosso país, fumam charuto, jogando poker, apostando os quinhões de petróleo que o Osaminha lhes deu.
Venham-me cá com atentados! A isto chama-se diplomacia... E da melhor!
sábado, 8 de setembro de 2007
Metro: Ilusão que perdura
Para quem nunca ouviu falar do Metro do Mondego, planeado para se instalar, confortavelmente, metro por metro, inch per inch, no Ramal da Lousã, deixem que vos esclareça.
Esta tremenda ilusão foi-nos impingida por vários presidentes de vários municípios e por toda uma máfia mentirosa, mais conhecida por MM (Metro Mondego).
A MM esteve, desde o princípio, a preparar o enredo, o palco e o elenco da magnífica comédia que foi, desde sempre, a possível existência de um metro de superfície que ligasse a vila da Lousã à cidade dos estudantes, a imponente Coimbra.
Após uma recolha intensiva de recortes de vários jornais nacionais e locais, apresento-vos as provas, as máximas evidências de que, de facto, o metro não anda. Nem para a frente, nem para trás. Nem meio centímetro. Permaneceu, eternamente, na mesma estação, a imaginação fértil de vários homens e mulheres que se dizem políticos e desapareceu, tal como num espectáculo efémero, do campo de visão do povo português.
Tudo começou em 1993. Delineavam-se, então, as primeiras fantasias de meia dúzia de pessoas com uma visão...talvez demasiado avançada para a época:
"Ramal da Lousã já tem luz verde." - Título do "Público" 20.04.1993
Excerto de um relato de uma aventura nocturna de um frequentador assíduo do Ramal: "Sim...a luz...ao fundo do túnel! É finalmente visível!" Ou então não. Tratava-se apenas de mais um dos habitantes de uma comunidade local de luzi-cus, os já conhecidos pirilampos. Tava com a pinga e ainda levou com uma enchada na moleirinha. Pobre homem.
Prosseguindo... O engodo pegou e as pessoas alimentaram, ingenuamente, durante mais um ano, as misteriosas reuniões da, já várias vezes referida, seita secreta. Supostamente, para resolver problemas de acessibilidade e para revisões orçamentais. Bullshit!
"...dentro de três a quatro anos (o metro) resolverá os problemas do milhão de passageiros que anualmente utiliza o Ramal da Lousã." "Público" 23.01.1994
Mais uma promessa. Cumpri-la? Tá quieto. Veremos.
"A implantação [do metro] poderá concretizar-se dentro de dois anos e meio." Administrador da Metro Mondego, "Diário As Beiras" 15.05.1996
A isto chama-se precisão científica de administrador.
"Metropolitano à vista." Título do "Centro Portugal - Economia" 21.05.1996
Imagino que a Economia tenha sido bastante favorecida durante estes longos anos de promessas no horizonte. Afinal, não chegaram a desenbolsar "a single penny" para a realização do projecto. Um projecto era e um projecto continuou.
"Metro do Mondego chega rápido à cidade." Título do "Diário As Beiras" 02.09.1996
Woo!Woo! Pouca terra, pouca terra!
"Metro do Mondego vai a concurso em Abril." Título do "Diário As Beiras" 16.12.1996
Os profs também vão a concurso. A única diferença é que é 2 meses mais tarde. E não saem de lá milionários.
"O concurso deverá ser lançado no segundo semestre do próximo ano e o metropolitano ligeiro de superfície entrará nos carris muito próximo do ano 2000." "Diário As Beiras" 19.12.1996
Esperamos pacientemente por Ti, ó Metro cheio-de-graça!
"Governo decide em Abril apoio ao Metro Mondego." "Diário As Beiras" 21.12.1996
Ah bom! Ainda estão para decidir! Tá bem tá. Deixem-se andar...
"Metro acelera crescimento imobiliário." Título do "Diário As Beiras" 21.01.1997
E será que o crescimento imobiliário também acelera o metro? Género toma-lá-dá-cá? Hum...
"O presidente da Metro Mondego considera pouco provável que o metropolitano comece a circular no primeiro semestre de 1998. De qualquer forma, assegura que tal sucederá no decorrer do próximo ano." "Público" 20.04.1997
Desejo profundo: Apreciaria muitíssimo que me dotassem com a convicção e a segurança inabaláveis do Exmo presidente da MM.
"Manuel Machado entende (...) que em 2000 entre Coimbra e Lousã circulará 'um verdadeiro metro de superfície'." "Diário As Beiras" 29.11.1997
Ora, também entendo! Mas nada de birras!
"Nem metro nem centímetro de condições." (1) Aline Cedrac, engenheira alimentar com especialização no sector de conservas de pickles.
Título do "Jornal da Lousã" 08.09.1998
Confirmo e assino de ladex.(1)
"Horácio Antunes admitiu 'o uso destas automotoras (remodeladas) deve estender-se por dois ou três anos, no máximo', o que equivale a dizer que seria este o prazo que os responsáveis entendem demorar a 'por de pé' o projecto do metro." "Diário de Coimbra" 23.10.1998
Tenho uma vaga ideia do que lhes "fica em pé" quando amealham um guito extra à custa de uns quantos desgraçados. E passamos para o acto seguinte desta trágica comédia.
Não o percam, porque nós também não!
"Metro Mondego - Garantido em 2001." Título do "Diário As Beiras" 03.03.1999
Ahh...garantias! É sempre a esgalhar!
"...[o metro] pode andar nos carris em 2004." "Diário As Beiras" 07.02.2000
Pois pode.
"...as obras poderiam iniciar-se no segundo trimestre de 2001..." "Diário As Beiras" 17.05.2000
Poderiam. Não deixo de corroborar tal hipótese, visto os entrevistados serem matemáticos conceituados com especializações na área das possibilidades e eu ser ingénua ao ponto de ir na tanga deles.
"Metro à deriva no Mondego." Título do "Diário As Beiras" 21.08.2000
Pouco mais falta para esta tragédia se equiparar à do Titanic. Convoquem o Di Caprio, por favor. "Were in the middle of a national crisis."
"O ano do metro." Horácio Antunes, "Diário As Beiras" 07.09.2000
A chegada do Apocalipse. "Todos ao convés! Mulheres e crianças primeiro." - Capitão Haddock, compincha inseparável do repórter Tintim, em declarações exclusivas à equipa do Pickles com Presunto.
"Concurso para construção no início de 2001." Título do "Diário As Beiras" 10.10.2000
Mais uma maratona.
"Setembro próximo é a data limite para realizar o concurso público internacional." Fernando Carvalho, "Diário As Beiras" 26.03.2001
Sábias declarações, sem dúvida.
"Projecto do Metro Mondego não avança antes do final de 2002." Rui Cunha, Secretário de Estado Adjunto dos Transportes, "Diário As Beiras" 12.05.2001
Ó psst-ó-tira, ali o seu colega já nos conta a mesma lenga lenga há quase 8 anos! Reivindicamos um pouco de variedade!
"Rui Cunha anunciou ontem em Coimbra que o metropolitano ligeiro de superfície poderá começar a 'andar' durante o ano de 2004." Secretário de Estado Adjunto dos Transportes, "Diário As Beiras" 17.05.2001
Nós já não somos nenhuma cambada de putos. No entanto, a fantochada parece não dar tréguas.
"Horácio Antunes revelou que o concurso público será lançado até 'ao final do ano'." "Diário As Beiras" 29.10.2001
Até ao final de que ano? Ora: 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 (2007 não, porque ainda não é Natal.Verificaremos essa meia depois.)!
Reveja o seu calendário, Sr. Ex-presidente, Sr. Ex-governador civil!(Não irei redigir-lhe uma nota biográfica neste espaço respeitável, embora muito pouco me honrasse.)
"[Fernando Carvalho] assegurou que o anúncio do concurso público deverá ser efectuado em Junho 'ou até mesmo Julho'." "Diário As Beiras" 31.10.2001
Atentem no 'ou até mesmo Julho'. Ainda digo mais, ou 'até mesmo Agosto'!
Se bem que se fosse 'ou até mesmo Maio' a lógica seria compreensível. 'Ou até mesmo 'esclarecedora.
"Bloco diz que metro 'é um mito'." "Diário As Beiras" 31.10.2001
Asseguro-vos piamente que é difícil não concordar com esta afirmação final.
Altas personalidades. Baixos os valores. É a ilação que daqui retiramos. Seguramente.
Esta peça interminável ainda hoje é sucesso de bilheteira, lotação esgotada. Ano, após ano.
E voçês, ainda acreditam no metro?
Saudações Pickleanas!
Esta tremenda ilusão foi-nos impingida por vários presidentes de vários municípios e por toda uma máfia mentirosa, mais conhecida por MM (Metro Mondego).
A MM esteve, desde o princípio, a preparar o enredo, o palco e o elenco da magnífica comédia que foi, desde sempre, a possível existência de um metro de superfície que ligasse a vila da Lousã à cidade dos estudantes, a imponente Coimbra.
Após uma recolha intensiva de recortes de vários jornais nacionais e locais, apresento-vos as provas, as máximas evidências de que, de facto, o metro não anda. Nem para a frente, nem para trás. Nem meio centímetro. Permaneceu, eternamente, na mesma estação, a imaginação fértil de vários homens e mulheres que se dizem políticos e desapareceu, tal como num espectáculo efémero, do campo de visão do povo português.
Tudo começou em 1993. Delineavam-se, então, as primeiras fantasias de meia dúzia de pessoas com uma visão...talvez demasiado avançada para a época:
"Ramal da Lousã já tem luz verde." - Título do "Público" 20.04.1993
Excerto de um relato de uma aventura nocturna de um frequentador assíduo do Ramal: "Sim...a luz...ao fundo do túnel! É finalmente visível!" Ou então não. Tratava-se apenas de mais um dos habitantes de uma comunidade local de luzi-cus, os já conhecidos pirilampos. Tava com a pinga e ainda levou com uma enchada na moleirinha. Pobre homem.
Prosseguindo... O engodo pegou e as pessoas alimentaram, ingenuamente, durante mais um ano, as misteriosas reuniões da, já várias vezes referida, seita secreta. Supostamente, para resolver problemas de acessibilidade e para revisões orçamentais. Bullshit!
"...dentro de três a quatro anos (o metro) resolverá os problemas do milhão de passageiros que anualmente utiliza o Ramal da Lousã." "Público" 23.01.1994
Mais uma promessa. Cumpri-la? Tá quieto. Veremos.
"A implantação [do metro] poderá concretizar-se dentro de dois anos e meio." Administrador da Metro Mondego, "Diário As Beiras" 15.05.1996
A isto chama-se precisão científica de administrador.
"Metropolitano à vista." Título do "Centro Portugal - Economia" 21.05.1996
Imagino que a Economia tenha sido bastante favorecida durante estes longos anos de promessas no horizonte. Afinal, não chegaram a desenbolsar "a single penny" para a realização do projecto. Um projecto era e um projecto continuou.
"Metro do Mondego chega rápido à cidade." Título do "Diário As Beiras" 02.09.1996
Woo!Woo! Pouca terra, pouca terra!
"Metro do Mondego vai a concurso em Abril." Título do "Diário As Beiras" 16.12.1996
Os profs também vão a concurso. A única diferença é que é 2 meses mais tarde. E não saem de lá milionários.
"O concurso deverá ser lançado no segundo semestre do próximo ano e o metropolitano ligeiro de superfície entrará nos carris muito próximo do ano 2000." "Diário As Beiras" 19.12.1996
Esperamos pacientemente por Ti, ó Metro cheio-de-graça!
"Governo decide em Abril apoio ao Metro Mondego." "Diário As Beiras" 21.12.1996
Ah bom! Ainda estão para decidir! Tá bem tá. Deixem-se andar...
"Metro acelera crescimento imobiliário." Título do "Diário As Beiras" 21.01.1997
E será que o crescimento imobiliário também acelera o metro? Género toma-lá-dá-cá? Hum...
"O presidente da Metro Mondego considera pouco provável que o metropolitano comece a circular no primeiro semestre de 1998. De qualquer forma, assegura que tal sucederá no decorrer do próximo ano." "Público" 20.04.1997
Desejo profundo: Apreciaria muitíssimo que me dotassem com a convicção e a segurança inabaláveis do Exmo presidente da MM.
"Manuel Machado entende (...) que em 2000 entre Coimbra e Lousã circulará 'um verdadeiro metro de superfície'." "Diário As Beiras" 29.11.1997
Ora, também entendo! Mas nada de birras!
"Nem metro nem centímetro de condições." (1) Aline Cedrac, engenheira alimentar com especialização no sector de conservas de pickles.
Título do "Jornal da Lousã" 08.09.1998
Confirmo e assino de ladex.(1)
"Horácio Antunes admitiu 'o uso destas automotoras (remodeladas) deve estender-se por dois ou três anos, no máximo', o que equivale a dizer que seria este o prazo que os responsáveis entendem demorar a 'por de pé' o projecto do metro." "Diário de Coimbra" 23.10.1998
Tenho uma vaga ideia do que lhes "fica em pé" quando amealham um guito extra à custa de uns quantos desgraçados. E passamos para o acto seguinte desta trágica comédia.
Não o percam, porque nós também não!
"Metro Mondego - Garantido em 2001." Título do "Diário As Beiras" 03.03.1999
Ahh...garantias! É sempre a esgalhar!
"...[o metro] pode andar nos carris em 2004." "Diário As Beiras" 07.02.2000
Pois pode.
"...as obras poderiam iniciar-se no segundo trimestre de 2001..." "Diário As Beiras" 17.05.2000
Poderiam. Não deixo de corroborar tal hipótese, visto os entrevistados serem matemáticos conceituados com especializações na área das possibilidades e eu ser ingénua ao ponto de ir na tanga deles.
"Metro à deriva no Mondego." Título do "Diário As Beiras" 21.08.2000
Pouco mais falta para esta tragédia se equiparar à do Titanic. Convoquem o Di Caprio, por favor. "Were in the middle of a national crisis."
"O ano do metro." Horácio Antunes, "Diário As Beiras" 07.09.2000
A chegada do Apocalipse. "Todos ao convés! Mulheres e crianças primeiro." - Capitão Haddock, compincha inseparável do repórter Tintim, em declarações exclusivas à equipa do Pickles com Presunto.
"Concurso para construção no início de 2001." Título do "Diário As Beiras" 10.10.2000
Mais uma maratona.
"Setembro próximo é a data limite para realizar o concurso público internacional." Fernando Carvalho, "Diário As Beiras" 26.03.2001
Sábias declarações, sem dúvida.
"Projecto do Metro Mondego não avança antes do final de 2002." Rui Cunha, Secretário de Estado Adjunto dos Transportes, "Diário As Beiras" 12.05.2001
Ó psst-ó-tira, ali o seu colega já nos conta a mesma lenga lenga há quase 8 anos! Reivindicamos um pouco de variedade!
"Rui Cunha anunciou ontem em Coimbra que o metropolitano ligeiro de superfície poderá começar a 'andar' durante o ano de 2004." Secretário de Estado Adjunto dos Transportes, "Diário As Beiras" 17.05.2001
Nós já não somos nenhuma cambada de putos. No entanto, a fantochada parece não dar tréguas.
"Horácio Antunes revelou que o concurso público será lançado até 'ao final do ano'." "Diário As Beiras" 29.10.2001
Até ao final de que ano? Ora: 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 (2007 não, porque ainda não é Natal.Verificaremos essa meia depois.)!
Reveja o seu calendário, Sr. Ex-presidente, Sr. Ex-governador civil!(Não irei redigir-lhe uma nota biográfica neste espaço respeitável, embora muito pouco me honrasse.)
"[Fernando Carvalho] assegurou que o anúncio do concurso público deverá ser efectuado em Junho 'ou até mesmo Julho'." "Diário As Beiras" 31.10.2001
Atentem no 'ou até mesmo Julho'. Ainda digo mais, ou 'até mesmo Agosto'!
Se bem que se fosse 'ou até mesmo Maio' a lógica seria compreensível. 'Ou até mesmo 'esclarecedora.
"Bloco diz que metro 'é um mito'." "Diário As Beiras" 31.10.2001
Asseguro-vos piamente que é difícil não concordar com esta afirmação final.
Altas personalidades. Baixos os valores. É a ilação que daqui retiramos. Seguramente.
Esta peça interminável ainda hoje é sucesso de bilheteira, lotação esgotada. Ano, após ano.
E voçês, ainda acreditam no metro?
Saudações Pickleanas!
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Uma piada seca de autoria pessoal só para entreter a malta...
Como é que se diz Alanis Morisette em russo?
Alanis Morinove...
Alanis Morinove...
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